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domingo, 22 de junho de 2014

Copa do Mundo 2014 - Concluído a 2ª rodada

Chega o fim da 2ª rodada da Copa do Mundo 2014.
Na primeira rodada tive a impressão que havia certa emoção [forte] no ar: e não apenas das torcidas, mas também das 32 equipes participantes. Parece ser questão da chegada; do primeiro passo; do primeiro momento. Talvez até toda a dinâmica na primeira rodada tenha inspirado sobressair o prazer do estar entre os melhores, do ser o centro das atenções, o que fez a emoção ganhar força. Só que o ar leva tudo, incluindo emoção e prazer que se pode experimentar.
Com a chegada da segunda rodada parece que as fantasias do início foram completamente diluídas. Entrou em campo à realidade. A certeza de estar entre os melhores passou a significar a possibilidade de "ser" o melhor: a competição acirrou. 

Bem, sigo para algumas lembranças que esse segundo momento guardará:
E não é que começo guardando como lembrança novamente o Marcelo (Brasil)
A meu ver, no jogo do Brasil x México o comportamento em campo dele parecia demonstrar um desejo muito elevado de fazer  gol. Só que não um desejo que prevalecia atender a Seleção/equipe, mas a si próprio. 
Reparar o gol [errado] na primeira rodada? Foi uma hipótese que levantei. 
Parecia-me mesmo haver algo não claro no comportamento dele dentro de campo. E quando ele não conseguiu refletir sobre o ‘pouquinho depois’, na jogada onde havia uma grande oportunidade de um gol acontecer, escolhendo o que o instante preciso o trouxe - possibilidade de pênalti (?) -, aí foi difícil não olhar que ele realmente estava precisando resolver uma necessidade individual. 
Mas, é importante deixar evidente que isso que me refiro sobre ele é da possibilidade que traz o olhar: fazendo gerar sentimento, reflexão e até palavras. Ou seja, jamais deve ficar como certo algo que se imagina do outro, porque em palavras ditas onde 
 um outro está presente o que precisa prevalecer é  sempre  a dúvida.

De qualquer forma, toda partida de futebol precisa iniciar do 0 (ZERO). E zerado de lembranças também precisa estar o atleta. Ou seja, dentro do campo somente o talento futebolístico deve estabelecer diálogo com o jogador. 

 
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E por falar em dialogar com talento, Guillermo Ochoa (México) se destaca nessa segunda rodada como quem não fez outra coisa no jogo contra o Brasil.
 Ri muito com as várias brincadeiras que criaram dele fechando o gol. :)

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 A Seleção da Costa Rica novamente, nessa segunda rodada, apresentou que veio para essa Copa do Mundo para surpreender. 
Bonita participação! Tomara que consigam seguir surpreendendo, pois gigante na verdade é todo aquele que consegue ser, e não aquele que induzem a acreditar que são...
Aliás, a equipe da Costa Rica apresenta até uma lição interessante. Vencer uma partida nesse início não significa vencer a Copa do Mundo, mas a forma como eles comemoraram  é como se estivessem vencendo. Talvez esteja nesse comportamento a importância de se entregar maravilhosamente bem a um momento bom, pois o amanhã não pertence a ninguém decidir como será... 
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 Mesmo antes de concluído a primeira fase já é do conhecimento a despedida da Seleção da Espanha dessa Copa do Mundo. Pois é! Para ela a possibilidade de manter o título de melhor do mundo não mais existe. Essa situação possibilita fortalecer uma lição muito interessante: tudo que o ser humano cria pode ser combatido e derrotado. A Seleção da Espanha criou uma forma de jogar fantástica, que durante um bom tempo fez cansar os adversários. A questão é que o futebol que ela criou pôde ser usado por um período por ser algo novo, só que  tudo que é visto pode ser analisado. E como futebol é competição, envolvendo desejo de vitória, obviamente não seria uma análise para apreciar. Parece que foi exatamente isso que as outras seleções fizeram: analisaram o futebol criado por eles, entenderam como jogar contra eles, e, dessa forma, o novo ficou velho. Esse pode ser um efeito [prejudicial] que acontece quando a inovação não passa por renovação.

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 Bela imagem: emoção explodindo em Serey Die (Costa do Marfim)

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No futebol, por vezes, não se comemora apenas a vitória do time ‘de coração’, mas também a derrota do adversário. Ou seja, ver a tristeza no outro acaba sendo também prazeroso. Mas, esse prazer se restringe a tristeza do emocional, porque esse emocionalmente triste contribui para conseguir fazer entristecer ainda mais. É diversão que envolve o futebol! Não deixando de haver o toma-la-dá-cá: ora um ri, outro chora, e vice-versa.
Agora, se algum atleta machuca tragicamente não importa time, porque a derrota desejada para o outro é a que resulta apenas em gols não feitos... 
 O que faltou na primeira rodada, talvez pela questão da emoção se encontrar prevalecendo à competição, foi tristeza em ver jogadores se machucando. Só que a  segunda rodada já não contribuiu para não  passarmos por esse tipo de tristeza.
O que estamos vendo é uma Copa do Mundo. É o desejo intenso de levantar a taça. O negócio é torcer não apenas para a seleção ‘de coração’, mas também para que não haja
 pela frente outros momentos de tristeza assim... 
Bruno Martins (Holanda)
 Von Bergen (Suiça)

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 O gol mais bonito da rodada para mim acabou ficando na partida entre Holanda x Austrália. O autor do gol foi Tim Cahill (Austrália)
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Nessa segunda rodada novamente aparece gol sofrendo injustiça: “sexto” gol da França. O que foi visto é ‘de novo’ algo estranho acontecendo com a Seleção da França.
Na primeira rodada a Seleção teve que começar o jogo sem cantar o hino. Agora na segunda rodada o juiz resolve inovar finalizando a partida acontecendo uma jogada espetacular.
Estou até pensando qual será a próxima ‘urucubaca’ que a Seleção da França terá que passar nesse mundial.
E aí, FIFA? Cadê o padrão? Pois, é estranho juiz que ‘inova’ apitando jogo de Copa do Mundo.
Karim Benzema (França)

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O gol emocionante: Luiz Suárez (Uruguai).
Quem sente em si a verdade humana, sente prazer em ver outro ser humano superando seus conflitos, pois a superação é algo que o indivíduo sempre precisa, e quando vê possibilita muito acreditar no poder acontecer...
Suárez, depois das expectativas do que seria do futebol dele por ter precisado enfrentar um conflito, apresentou um belo exemplo do quanto o ser humano é capaz de superar as dificuldades na vida...

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 O gol previsto aconteceu: Miroslav Klose (Alemanha)

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Não foi nada legal o comportamento de alguns torcedores do Chile.
Ter o forte desejo de assistir um jogo em estágio (principalmente sendo da Seleção para qual torce) não faz parte da vontade apenas de alguns. Milhares de pessoas gostariam de poder usufruir dessa possibilidade. Aliás, a Copa do Mundo, depois de 64 anos, novamente acontece no Brasil, no entanto milhares de brasileiros estão assistindo os jogos em casa ou na rua. Se pudessem estar nos estágios, obviamente estariam...   
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Para concluir, novamente tenho dificuldade para encontrar situações que possa abrilhantar a Seleção do Brasil. Triste isso!
Aliás, já estou até me afeiçoando ao Marcelo, pois pela segunda vez ele me fez ter algo para que pudesse estar mencionando a Seleção.
Está estranha a situação!
 Estou confusa em relação à imprensa estar desejando ouvir palavras de motivação, ou precisando transmitir palavras motivacionais para o torcedor brasileiro, cada vez que entrevistam...
O Felipão, tanto quanto o Parreira, são pessoas as quais nutro estima não é de hoje. Eles têm um histórico de trabalho digno e  bonito. Agora, os dois jogos que a Seleção do Brasil apresentou até então está evidenciando que se futebol fosse pela lógica ela não venceria essa Copa. A impressão é que, nas entrevistas, tentam forçar o Felipão, ou mesmo o Parreira, a dizer palavras  que sobreponha a visão. Porque numa competição desse nível (Copa do Mundo) não existe time evoluir durante... Ou seja, numa competição assim o time precisa entrar pronto.
 Se essa lógica do evoluir enquanto uma Copa do Mundo está acontecendo valesse... Peraí! Então a Seleção da Espanha teria chance, pois ela evoluiu  em relação à primeira rodada. Com a Inglaterra também não foi diferente. Quer dizer, essas Seleções estavam evoluindo, só que não era momento para isso. Qual foi o resultado para elas? 
 A possibilidade, já que a Seleção do Brasil está evoluindo nessa altura do campeonato, é que a diferença em relação as outras que também estavam evoluindo, se fará pela "sorte" para poder seguir...
Outra situação que parece estar também bem estranha, com relação à imprensa, é que, talvez, por essa situação do ‘estarem em casa’ estejam envolvendo exageradamente os jogadores para obterem matérias apelativas.
Obviamente deve contribuir tocar a emoção dos jogadores, mas para isso existe técnico, psicólogo, médico, enfim, uma gama de profissionais que recebem justamente para exercer essa função, para cuidar do que os jogadores precisam. É uma equipe ‘preparada’ para fazer esse trabalho. E em se tratando da Copa do Mundo a torcida brasileira não vai valorizar prazer pela vida que cada jogador teve. Ou seja, se os jogadores choraram ou se sorriram
pelo caminho de suas vidas isso não resolverá a mágoa da torcida brasileira  se eles perderem.
Agora não é hora de contar estorinhas, de envolver jogadores em lembranças:
há uma ‘competição’, que é muito valorizada por milhões de brasileiros, acontecendo. 

 No mais, o prazer, tanto quanto a comemoração, da torcida brasileira, se fará valer por cada vitória que a Seleção do Brasil conseguir em campo. E o que podemos prever é que se o Brasil vencer essa copa será um tudo bem, pois todos irão dividir os louros. Agora, se a Seleção do Brasil perder, talvez a própria imprensa que está apelando para coloca-los em evidência, como heróis para servir o momento, seja a primeira a crucifica-los. 
Talvez seja bom não esquecer que se deve andar devagar com o andor porque todo santo é de barro.

Todas as imagens foram copiadas através do google. Reivindicar autoria é um direito do autor, significando satisfação para mim.

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