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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

O telefonema não foi atendido? A mensagem não respondida?

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Na apresentação deste mestre, está bacana a lembrança do período que havia apenas telefone fixo. Quando ele menciona a forma de discar é possível, para quem usou o modelo, sentir o dedo discando. rsrs. Bacana também está a lembrança do não desconforto [causado pela ansiedade] quando o número discado não era atendido. Se o telefonema não era atendido, simplesmente é porque não havia ninguém para atender.

Quanto à observação do que ocorre atualmente, sobre o que causa a ansiedade quando um telefonema não é atendido, veio a minha lembrança uma conversa tida com uma querida amiga, que considerei interessante para reflexão. Essa minha amiga tem a perfeição como um aspecto que muito influencia o comportamento dela. Ela é empresária, e o atendimento a seus clientes precisa ser sempre perfeito. Esse aspecto a faz buscar todos os aperfeiçoamentos que o mercado oferece. Por estar sempre nessa busca de aperfeiçoamento, se ela comete uma pequena falha o sofrimento é certo.  
Pois bem! Essa amiga, algum tempo atrás, em uma conversa me disse: - vi uma cliente na rua e me aproximei de forma simpática. Depois de cumprimenta-la, questionei sobre um atendimento que ela havia marcado. Qual não foi meu susto ao ouvir dela, de uma forma severa, que havia me enviado uma mensagem e que não tinha recebido resposta. Pela forma como ela falava parecia que tinha entrado em contato comigo há bastante tempo e eu não tinha dado a mínima importância. Minha cara foi ao chão. Despistei dizendo que iria verificar o que aconteceu, e saí rápido. Fiquei angustiada com o pensamento de não ter dado conta da mensagem. Quando fui procurar, vi que ela havia enviado a mensagem alguns minutinhos antes da gente se encontrar. Eu estava na rua, resolvendo meus assuntos pessoais, e simplesmente não havia olhado. Isso não é a primeira vez que me acontece. A sensação é que pessoas estão acreditando nos ter por conta delas. Etc.  

É isso aí... Com o privilégio de poder ter um objeto para se comunicar facilmente, parece importante o cuidado de não cair na armadilha de acreditar que o outro não tem uma Vida. Parece importante entender que as mãos não estão segurando o outro - o que se tem em mãos é um objeto.
Enfim, não nos era oculto o grande amor que Clark Kent (o Super-Homem) sentia por Lois Lane.  No entanto, mesmo podendo contar com toda sua condição de heroi, não lhe era possível ficar por conta dela. Se nem os herois são capazes...

Paz e bem!

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