Parece que a essência humana carrega como uma difícil condição ter sentido o bem antes do mal, o prazer antes do desprazer, o ter antes do perder.
Parece que a essência humana conta com uma triste sina de ter
que suportar um mundo em si onde há a absoluta certeza de que o fazer, fazer, fazer, pode resolver o que foi perdido...
Em nome do que parece ter sido sentido primeiro (bem,
prazer, vida), se explica ações que acontecem para satisfazer a própria subjetividade:
Por que destruiu? Para satisfazer a si mesmo.
Por que agrediu? Para satisfazer a si mesmo.
Por que matou? Para satisfazer a si mesmo.
Por que construiu? Para satisfazer a si mesmo.
Por que amparou? Para satisfazer a si mesmo.
Por que amou? Para satisfazer a si mesmo.
E por aí afora... Absolutamente tudo fica valendo apenas para um
satisfazer a si mesmo: pelo próprio bem, pelo próprio prazer, pela própria vida.
Através da apresentação que aparece no vídeo que deixo nessa reflexão, parece possível observar que a experiência que a menininha viveu a fez
se libertar da condição difícil de carregar o mundo que cria a
obrigatoriedade de satisfazer a si mesma. Parece que a experiência a fez entender e aceitar a realidade do próprio limite.
É interessante perceber surgir uma realidade concreta quando o
encanto se desfaz na vida dela. Ela abandona o sentido de satisfazer a si mesma quando aceita o próprio limite, mas a
vida que ela não pode controlar [fora dela] não a abandona. A vida a beneficia com uma satisfação permanente...
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